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7 Dicas Importantes para Escolher e Cuidar de Orquídeas

As orquídeas são flores encantadoras, que podem deixar qualquer lugar mais bonito com suas cores e formas variadas. Mas você sabe como escolher e cuidar de orquídeas da maneira certa?

Neste artigo, vou compartilhar 7 dicas importantes para ter orquídeas saudáveis e bonitas em sua casa ou jardim. Confira!

1. Escolha a espécie de orquídea que se encaixa no seu clima e ambiente

Com mais de 50 mil espécies de orquídeas no mundo, cada uma tem suas próprias características e necessidades. Por isso, é crucial selecionar a espécie que se adapte melhor ao clima e ambiente onde você vive, evitando problemas no cultivo.

De maneira geral, as orquídeas se dividem em três grupos de acordo com seu habitat natural:

  • Orquídeas terrestres: crescem no solo, como as cymbidiums, arundinas e catléias. Elas precisam de um solo rico em matéria orgânica e bem drenado, em um local com boa luminosidade, mas sem sol direto.
  • Orquídeas epífitas: vivem sobre as árvores, como as phalaenopsis, oncidiums e dendrobiums. Elas precisam de um substrato leve e aerado, imitando a casca de árvore, em um local com luz indireta e boa circulação de ar.
  • Orquídeas rupícolas: crescem sobre rochas, como as laelias e sophronitis. Elas precisam de um substrato mineral e arenoso, imitando a superfície rochosa, em um local com sol pleno e pouca umidade.

2. Escolha o vaso ideal para suas orquídeas

O vaso é crucial para o cultivo de orquídeas, influenciando na saúde das raízes, na absorção de água e nutrientes, e na estética da planta. O vaso ideal deve ter o tamanho adequado, permitir a drenagem do excesso de água e favorecer a aeração das raízes.

Existem vários tipos de vasos para orquídeas, cada um com suas vantagens e desvantagens. Veja alguns exemplos:

  • Vaso de plástico: comum e barato, retém mais água e calor, sendo indicado para orquídeas que gostam de mais umidade, como as phalaenopsis. Deve ter furos na parte inferior e nas laterais para facilitar a drenagem e ventilação.
  • Vaso de cerâmica: poroso e pesado, oferece melhor drenagem e aeração, sendo indicado para orquídeas que gostam de menos umidade, como as cattleyas. Pode ter ou não furos nas laterais, dependendo da espécie.
  • Vaso de madeira: natural e rústico, indicado para orquídeas epífitas, como as vandas. Deve ser tratado com fungicida e impermeabilizante, com uma tela no fundo para evitar a perda do substrato.
  • Vaso de vidro: elegante e decorativo, oferece menos drenagem e aeração, sendo indicado para orquídeas que gostam de umidade constante, como as phalaenopsis. Deve ter uma camada de pedras ou argila expandida no fundo para evitar o encharcamento do substrato.

3. Use o melhor substrato e adubo para sua orquídea

O substrato é crucial para sustentar as raízes da orquídea. O substrato ideal deve ser leve, poroso, durável e capaz de reter água e nutrientes na medida certa para a planta.

Existem vários tipos de substratos para orquídeas, cada um com suas características e indicações. Veja alguns exemplos:

Casca de pinus: usada e fácil de encontrar, indicada para orquídeas epífitas, como phalaenopsis e dendrobiums. Deve ser esterilizada antes do uso para eliminar fungos e bactérias.

Fibra de coco: sustentável e durável, indicada para orquídeas terrestres, como cymbidiums. Deve ser lavada e enxaguada antes do uso para eliminar o excesso de sal.

Carvão vegetal: neutro e poroso, indicado para orquídeas rupícolas, como laelias. Deve ser misturado com outros substratos para melhorar a drenagem e aeração.

Musgo: é o tipo mais absorvente e antisséptico, mas também o que pode sufocar as raízes se usado demais. É indicado para orquídeas que gostam de umidade constante, como as phalaenopsis e as paphiopedilums. Deve ser umedecido antes do uso e colocado em camadas finas sobre o substrato.

Fertilizante químico: é o tipo mais concentrado e eficaz, mas também o que pode causar a queima das raízes e das folhas, e a salinização do substrato. É indicado para orquídeas epífitas e rupícolas, que gostam de um substrato leve e seco, como as phalaenopsis e as laelias. Pode ser feito de ureia, superfosfato, cloreto de potássio, sulfato de magnésio, etc. Deve ser diluído em água e aplicado com frequência, seguindo as instruções do fabricante.

Fertilizante foliar: é o tipo mais prático e seguro, mas também o que oferece menos resultados a longo prazo. É indicado para todas as orquídeas, como um complemento ao fertilizante do substrato. Pode ser feito de extrato de algas, aminoácidos, vitaminas, etc. Deve ser borrifado nas folhas e evitado nas flores, para não manchá-las.

4. Regue a sua orquídea na medida certa

A rega é uma das partes mais importantes e delicadas do cultivo de orquídeas, pois influencia na saúde das raízes, na absorção de nutrientes e na prevenção de pragas e doenças. A rega ideal deve ser feita na medida certa, nem mais nem menos do que a planta precisa.

Além disso, a frequência e a quantidade de água dependem de vários fatores, como a espécie da orquídea, o tipo de substrato, o tamanho do vaso, o clima e o ambiente.Para saber se a sua orquídea precisa de água, você pode observar alguns sinais, como:

  • A cor e a textura das raízes: as raízes saudáveis são verdes e firmes quando estão hidratadas, e prateadas e enrugadas quando estão secas. Você pode verificar as raízes pela transparência do vaso ou tocando-as delicadamente.
  • O peso do vaso: o vaso fica mais leve quando o substrato está seco e mais pesado quando o substrato está úmido. Você pode levantar o vaso com a mão ou usar uma balança, para comparar o peso antes e depois da rega.
  • O estado das folhas: as folhas saudáveis são verdes e brilhantes quando estão hidratadas, e amareladas e murchas quando estão secas. Você pode observar as folhas pela aparência ou dobrá-las suavemente, para verificar a elasticidade.

Para regar a sua orquídea, você pode usar alguns métodos, como:

  • Rega por imersão: consiste em mergulhar o vaso em um recipiente com água, até a metade da altura do substrato, por alguns minutos, e depois deixar escorrer o excesso de água. É o método mais indicado para orquídeas que gostam de mais umidade, como as phalaenopsis e as paphiopedilums.
  • Rega por aspersão: consiste em molhar o substrato com um regador ou uma mangueira, com um jato fino e suave, até que a água saia pelos furos do vaso, e depois deixar escorrer o excesso de água. É o método mais indicado para orquídeas que gostam de menos umidade, como as cattleyas e as laelias.
  • Rega por nebulização: consiste em borrifar água nas folhas e nas raízes da orquídea, com um pulverizador, com uma névoa fina e uniforme, e depois deixar secar naturalmente. É o método mais indicado para orquídeas que gostam de umidade constante, como as vandas e as oncidiums.

5. Exponha a sua orquídea à luz adequada

A luz é um fator essencial para o desenvolvimento e a floração das orquídeas, pois influencia na fotossíntese, na respiração, na transpiração e na pigmentação da planta. A luz ideal deve ser suficiente, mas não excessiva, para a orquídea.

De modo geral, as orquídeas precisam de mais luz durante o período de floração, e de menos luz durante o período de repouso. Além disso, a intensidade e a qualidade da luz dependem de vários fatores, como a espécie da orquídea, o tipo de folha, o clima e o ambiente.

Para saber se a sua orquídea está recebendo a luz adequada, você pode observar alguns sinais, como:

A cor e a forma das folhas: as folhas saudáveis são verdes e lisas quando estão recebendo a luz ideal, e vermelhas e enrugadas quando estão recebendo luz excessiva, e amarelas e esticadas quando estão recebendo luz insuficiente. Você pode observar as folhas pela aparência ou medir a temperatura, para verificar se estão quentes ou frias.

A presença e a quantidade de flores: as flores saudáveis são coloridas e numerosas quando estão recebendo a luz ideal, e pálidas e escassas quando estão recebendo luz excessiva ou insuficiente. Você pode observar as flores pela aparência ou contar o número, para verificar se estão dentro da média da espécie.

O uso de um medidor de luz: o medidor de luz é um aparelho que mede a intensidade da luz em lux ou em foot-candles, e que pode ajudar a ajustar a iluminação para a orquídea. Você pode usar o medidor de luz seguindo as instruções do fabricante e comparando os valores com os recomendados para cada espécie.

Para expor a sua orquídea à luz adequada, você pode usar alguns métodos, como:

Exposição direta ao sol: consiste em colocar a orquídea em um local que receba os raios solares diretamente, sem nenhum obstáculo. É o método mais indicado para orquídeas rupícolas, que gostam de sol pleno, como as laelias e as sophronitis. Deve ser feito com cuidado, evitando as horas mais quentes do dia, e protegendo a planta com uma tela ou um vidro, para evitar queimaduras.

Exposição indireta ao sol: consiste em colocar a orquídea em um local que receba os raios solares indiretamente, através de uma sombra parcial ou de um filtro. É o método mais indicado para orquídeas epífitas, que gostam de luz indireta, como as phalaenopsis e as dendrobiums. Deve ser feito com atenção, garantindo que a planta receba pelo menos 4 horas de luz por dia, e variando a posição do vaso.

Exposição ao sol artificial: consiste em usar uma fonte de luz artificial, como uma lâmpada ou um LED, para iluminar a orquídea. É o método mais indicado para orquídeas que vivem em ambientes internos, com pouca luz natural, como as phalaenopsis e as paphiopedilums. Deve ser feito com cuidado, escolhendo uma fonte de luz adequada ao espectro e à intensidade necessários para a planta, e regulando a distância e o tempo de exposição.

6. Pode e replante a sua orquídea quando necessário

A poda e o replantio são práticas que visam melhorar a saúde e a beleza das orquídeas, removendo as partes danificadas ou mortas, e renovando o substrato e o vaso. A poda e o replantio devem ser feitos quando necessário, e com os cuidados adequados, para evitar o estresse e o trauma da planta.De modo geral, as orquídeas precisam de poda e replantio a cada dois ou três anos, ou quando apresentam alguns sinais, como:

  • Raízes podres, secas ou em excesso: as raízes podres ou secas indicam problemas de rega ou de substrato, e devem ser removidas com uma tesoura esterilizada, cortando um centímetro acima do ponto afetado. As raízes em excesso indicam que o vaso está pequeno demais para a planta, e devem ser acomodadas em um vaso maior, ou divididas em mudas menores.
  • Folhas amarelas, manchadas ou mordidas: as folhas amarelas ou manchadas indicam problemas de luz ou de nutrição, e devem ser removidas com uma tesoura esterilizada, cortando na base da folha. As folhas mordidas indicam a presença de pragas, e devem ser tratadas com um inseticida específico, seguindo as instruções do fabricante.
  • Hastes florais secas ou sem flores: as hastes florais secas indicam o fim do ciclo de floração, e devem ser removidas com uma tesoura esterilizada, cortando na base da haste. As hastes florais sem flores indicam que a planta não está recebendo os estímulos necessários para florir, e devem ser expostas a uma variação de temperatura e de luminosidade, para induzir a floração.

7. Proteja a sua orquídea de pragas e doenças

As pragas e as doenças são inimigos das orquídeas, que podem comprometer a saúde e a beleza da planta, causando danos irreversíveis ou até a morte. As pragas e as doenças devem ser prevenidas e combatidas, com medidas de higiene e de controle, para garantir a sobrevivência e o bem-estar da orquídea.De modo geral, as orquídeas são suscetíveis a várias pragas e doenças, que podem ser identificadas e tratadas da seguinte forma:

  • Pulgões, cochonilhas e ácaros: são insetos sugadores, que se alimentam da seiva da planta, causando deformações, manchas e queda das folhas e das flores. Podem ser combatidos com um jato de água, com uma solução de água e detergente neutro, ou com um inseticida específico, seguindo as instruções do fabricante.
  • Lesmas, caracóis e lagartas: são moluscos e larvas mastigadores, que se alimentam das folhas, das flores e das raízes da planta, causando perfurações, rasgos e cortes. Podem ser combatidos com armadilhas, com iscas, ou com um inseticida específico, seguindo as instruções do fabricante.
  • Fungos, bactérias e vírus: são micro-organismos patogênicos, que se proliferam nas condições de umidade, calor e sujeira, causando podridão, murcha, manchas e deformações. Podem ser combatidos com medidas de higiene, com a remoção das partes afetadas, ou com um fungicida ou bactericida específico, seguindo as instruções do fabricante.

Conclusão

As orquídeas são flores maravilhosas, que podem trazer muita alegria e satisfação para quem as cultiva. Mas para isso, é preciso saber como escolher e cuidar de orquídeas da maneira correta, seguindo as dicas que você aprendeu neste artigo.

Espero que você tenha gostado deste conteúdo, e que ele tenha sido útil para você. Se você tiver alguma dúvida, sugestão ou comentário, por favor, deixe abaixo.

Eu ficarei feliz em responder. E se você quiser saber mais sobre orquídeas, continue acompanhando o nosso blog. Até a próxima!

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